Relações entre os dois países são descritas em Lisboa e Pequim como atravessando um período de “grande dinamismo”
As relações entre Portugal e a China, onde o primeiro-ministro português, António Costa, inicia no sábado uma visita de cinco dias, são descritas em Lisboa e Pequim como atravessando um período de “grande dinamismo”.
Abaixo encontram-se alguns números oficiais que ilustram as relações entre os dois países, em diversas áreas:
2.879
O número de cidadãos chineses que obtiveram a Autorização de Residência para a atividade de Investimento (ARI), os chamados vistos ‘gold’, desde que o programa entrou em vigor, em outubro de 2012 – 74% do total de vistos emitidos.
154.000
Os turistas chineses que visitaram Portugal em 2015, um acréscimo de 36%, face ao ano anterior.
60 milhões de euros
Montante gasto pelos turistas chineses durante a sua estadia em Portugal, no conjunto de 2015, seis milhões a mais do que no ano anterior.
Voos diretos entre a China e Portugal arrancam em junho
Protocolo assiando entre o Turismo de Portugal e o grupo HNA (Beijing Capital Airline). A frequência dos voos vai variar entre 3 a 4 por semana
A ligação aérea direta da China a Portugal arranca em junho de 2017, com três a quatro frequências por semana, de acordo com protocolo assinado entre o Turismo de Portugal e o grupo HNA (Beijing Capital Airline).
Em comunicado, o Turismo de Portugal informa que a ligação prevê que os voos da China para Portugal tenham uma frequência de três a quatro vezes por semana, com início das operações previsto para junho de 2017.
A HNA, acionista da companhia aérea Azul, controlada pelo empresário David Neeleman – um dos donos da TAP -, obteve autorização para lançar uma rota para Portugal no início de junho deste ano.
Ministro defende ligação aérea entre Macau e Portugal
“Faria todo o sentido”, diz Manuel Caldeira Cabral. “Há certamente interesse por parte do Governo português em promover essas rotas”, manifestou, à margem da assinatura de dois protocolos com o Governo de Macau, na área do turismo e da segurança alimentar.
O ministro da Economia defende que “seria muito interessante” criar uma ligação aérea entre Portugal e o sul da China. “Faria todo o sentido” que fosse feita através de Macau.
A primeira ligação vai ser a partir de Pequim, mas penso que [Macau] não está fora. Penso que há negociações em curso com várias outras companhias aéreas, e que se Pequim vai servir diretamente o norte da China, seria muito interessante que houvesse voos também da parte sul e penso que faria todo o sentido que fossem a partir de Macau”.
Caldeira Cabral está precisamente em em Macau e referia-se à rota entre Hangzhou (capital de Zhejiang), Pequim e Lisboa, que deve começar a operar em junho do próximo ano.
Há muito que a recuperação da ligação entre Lisboa e Macau – que apenas funcionou entre 1995 e 1998, sendo abandonada por falta de rentabilidade – é discutida, e tal como no passado, o ministro salientou que “tem de haver interesse das companhias”. “Há certamente interesse por parte do Governo português em promover essas rotas”, sublinhou.
Caldeira Cabral falava à margem da assinatura de dois protocolos com o Governo de Macau, na área do turismo e da segurança alimentar, quando decorre 5.ª Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
No âmbito do turismo, o objetivo é trabalhar na “troca de turistas”, ou seja, trazer mais turistas chineses e de Macau a Portugal e mais portugueses a Macau. Portugal quer “aprender” com Macau a receber os turistas chineses, que são esperados em maior número com a nova rota aérea.
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